Você deve ter lido o título e pensado: "De quem será que ela vai falar?". Pois bem, a maioria das pessoas ficam impressionados quando EU digo que tenho medo de voar.
O medo de voar, ou Aerofobia, atinge cerca de um terço da população adulta mundial, segundo estudos internacionais. No Brasil, o número é ainda mais alarmante: de acordo com uma pesquisa recente do Ibope, 42% dos brasileiros admitem conviver com algum nível de medo ao voar. Então talvez eu não esteja falando apenas de mim, mas quem sabe de você leitor também.
O medo de voar, ou Aerofobia, atinge cerca de um terço da população adulta mundial, segundo estudos internacionais. No Brasil, o número é ainda mais alarmante: de acordo com uma pesquisa recente do Ibope, 42% dos brasileiros admitem conviver com algum nível de medo ao voar. Então talvez eu não esteja falando apenas de mim, mas quem sabe de você leitor também.
A primeira pergunta que eu escuto é: "Como que você tem medo de voar se você ama viajar para o exterior?" Eu não nasci com esse medo, e viajei por anos sem ele, inclusive sozinha. Nunca me passou pela cabeça a ideia de ter medo de voar. Viajava tranquila, curtia um filme, adorava a comida do avião e não me incomodava com nada. |
Até que desembarquei em São Paulo de um voo internacional e embarque em outro voo, agora nacional, destino à Londrina com escala em Curitiba. A ansiedade já estava alta, eu estava chegando de surpresa no dia do aniversário da minha mãe para surpreende-la em sua festa de aniversário.
Esta rota aérea é rápida, mas mal sabia eu que seria a "mais longa da minha vida". Vinte minutos depois da decolagem as turbulências começaram, até então só aquele friozinho na barriga estava presente. Mas o tempo foi fechando e começou a chover, o céu relampejava e o avião mas parecia aquele brinquedo de parque de exposição chamado "samba".
Eu segurei na poltrona e comecei a ouvir que alguém chorava, minutos depois recebemos a noticia que o aeroporto de Curitiba estava fechado e que tentaríamos pouso em outra cidade, mas tanto Campinas como Marília também tiveram que fechar seus aeroportos devido ao mal tempo. Acontece que enquanto isso, nosso avião estava no ar e em meio a uma forte turbulência, chegou uma hora que eu podia ouvir várias pessoas chorando em voz alta, outras orando e dizendo que iríamos morrer.
Esta rota aérea é rápida, mas mal sabia eu que seria a "mais longa da minha vida". Vinte minutos depois da decolagem as turbulências começaram, até então só aquele friozinho na barriga estava presente. Mas o tempo foi fechando e começou a chover, o céu relampejava e o avião mas parecia aquele brinquedo de parque de exposição chamado "samba".
Eu segurei na poltrona e comecei a ouvir que alguém chorava, minutos depois recebemos a noticia que o aeroporto de Curitiba estava fechado e que tentaríamos pouso em outra cidade, mas tanto Campinas como Marília também tiveram que fechar seus aeroportos devido ao mal tempo. Acontece que enquanto isso, nosso avião estava no ar e em meio a uma forte turbulência, chegou uma hora que eu podia ouvir várias pessoas chorando em voz alta, outras orando e dizendo que iríamos morrer.
Sem conseguir um lugar para fazer escala acabamos indo direto para Londrina, onde o tempo estava melhor e conseguimos enfim pousar. Eu estava mole, com dor muscular em todo o corpo e soada da cabeça aos pés, mas como já estava atrasada para o aniversário da minha mãe, deixei aquela sensação de lado e corri para reencontra-la.
O Tempo passou e messes depois fui fazer outra viagem internacional e eu que achava que o medo tinha ficado no passado, naquele voo ruim, levei um susto ao me deparar com as reações físicas que comecei a sentir semanas antes da data marcada.
O sono começou a ficar escaço, pensar em voar me trazia uma angústia, um incomodo e eu comecei a ficar preocupada com a proximidade da data da viagem.
Quando chegou o dia de embarcar eu percebi que não era capaz de controlar aquele turbilhão de sentimentos que borbulhavam dentro de mim. De casa até o aeroporto um nó veio rasgando minha garganta, e vira e mexe escapava uma lagrima no cantinho do olho, estava com calor e ao mesmo tempo com as mãos e pés gelados, soava frio. A dor de barriga me fazia ir ao banheiro a cada meia hora, e em uma dessas idas ao banheiro reparei no espelho que meus braços, pescoço e colo estava todo manchado com pintinhas vermelhas.
Foi passar pelo detector de metal que as pernas começaram a tremer. Embarquei, e assim que sentei na poltrona do avião uma vontade imensa de sair dali gritava dentro de mim. Coloquei o cinto e tentei respirar profundamente e soltar o ar bem devagarinho repetidas vezes. Pensei comigo: "vai passar". Mas bastou o avião tomar velocidade para eu desmontar dentro do voo, comecei a chorar compulsivamente, agarrei o banco da frente e minhas pernas pulavam igual pipoca. O ar me faltava e eu só conseguia dizer "eu quero sair daqui".
É terrível! Só quem já experimentou esse medo sabe do que eu estou falando. Você sabe que esta pagando o maior mico, todo mundo fica te olhando, mas você não consegue controlar, parece que o seu corpo esta reagindo totalmente por conta própria. E nem mesmo o papo da aeromoça de que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo pode te ajudar nesses momentos, bastava o avião dar uma pequena chacoalhada e eu já começava todo o "show" outra vez.
O Tempo passou e messes depois fui fazer outra viagem internacional e eu que achava que o medo tinha ficado no passado, naquele voo ruim, levei um susto ao me deparar com as reações físicas que comecei a sentir semanas antes da data marcada.
O sono começou a ficar escaço, pensar em voar me trazia uma angústia, um incomodo e eu comecei a ficar preocupada com a proximidade da data da viagem.
Quando chegou o dia de embarcar eu percebi que não era capaz de controlar aquele turbilhão de sentimentos que borbulhavam dentro de mim. De casa até o aeroporto um nó veio rasgando minha garganta, e vira e mexe escapava uma lagrima no cantinho do olho, estava com calor e ao mesmo tempo com as mãos e pés gelados, soava frio. A dor de barriga me fazia ir ao banheiro a cada meia hora, e em uma dessas idas ao banheiro reparei no espelho que meus braços, pescoço e colo estava todo manchado com pintinhas vermelhas.
Foi passar pelo detector de metal que as pernas começaram a tremer. Embarquei, e assim que sentei na poltrona do avião uma vontade imensa de sair dali gritava dentro de mim. Coloquei o cinto e tentei respirar profundamente e soltar o ar bem devagarinho repetidas vezes. Pensei comigo: "vai passar". Mas bastou o avião tomar velocidade para eu desmontar dentro do voo, comecei a chorar compulsivamente, agarrei o banco da frente e minhas pernas pulavam igual pipoca. O ar me faltava e eu só conseguia dizer "eu quero sair daqui".
É terrível! Só quem já experimentou esse medo sabe do que eu estou falando. Você sabe que esta pagando o maior mico, todo mundo fica te olhando, mas você não consegue controlar, parece que o seu corpo esta reagindo totalmente por conta própria. E nem mesmo o papo da aeromoça de que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo pode te ajudar nesses momentos, bastava o avião dar uma pequena chacoalhada e eu já começava todo o "show" outra vez.
O pânico de avião nunca me impediu de fazer o que eu mais amo na vida, viajar. Mas eu estou compartilhando isso pois vocês verão aqui no Blog e nos vídeos do youtube como eu faço minha mala de mão (e como eu levo coisas especificas que me ajudam a enfrentar o medo) e também acompanharão todo o trajeto do Brasil até a Europa por vídeo, então vai ser inevitável não notar. Quem sabe de alguma maneira eu possa ajudar alguém que sofre do mesmo medo que eu a enfrenta-lo, porque não existe nada mais enriquecedor do que conhecer o mundo, mesmo que você tenha que passar por cima do que mais te amedronta.